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terça-feira, 12 de abril de 2016

Nascente hipermidiática

A integração de diferentes linguagens artísticas busca uma significação única; nascem informações em cada ponto que nos levam a novos processos de aprendizagem. Vivenciamos acontecimentos da geografia a qual estamos inseridos, somos homens-uno de uma totalidade, composição de conhecimentos que crescem com novas coordenadas. Construímos registro da essência que invade nossos poros, transpiramos com o ar que nos cerca. Somos levados pela web e deixamos rastros de nossa concepção de individuo.

A cartografia artística digital implica processos de um acontecimento que vai registrando uma tomada de ideias para o conjunto de pensamentos que se transfiguram com a cena local. É com essa cartografia que temos que nos emocionar. Tudo vai passar, acabar, mas o registro ficará. O blog vem como um apoio para esse pensamento que emerge do saber-fazer, ele implode formatos, nos livra dos automatismos culturais e acadêmicos, se torna um órgão, um corpo virtual em rede jogada no espaço.

Nesse sentido, posso dizer que as ideias que me passam são as de atravessar nessa nascente hipermidiática e compartilhar os vários meios de informações que estiver me chegando numa reciprocidade. Ser o meio no conjunto e desbravar os conhecimentos criados por diferentes artistas. O blog me dá esse suporte, quebra a forma da escrita lógica, dá um novo sentido e avalia o desempenho da pesquisa. Nele procuro adaptar a cena efêmera que surge em processos criativos, buscando um novo olhar para a produção contemporânea.

O debate e questionamento que busco alcançar se dá em novas formas de contribuição artística. O campo hipermidiático é uma função para a produção profissional que muda de acordo com o que está sendo criado. Coloca o blog como um instrumento transgressor que contribui na criação da obra, nos dá a resposta que procuramos dando continuidade à linha de pesquisa. Avança no conhecimento mantendo as raízes do que se estar fazendo.

Nesse sentido observo que é preciso quebrar com a forma que nos é colocada sistematicamente. É preciso encontrar um meio que nos leva ao objetivo que se está construindo, problematizando a forma permanente das coisas. Mudar radicalmente todos os sentidos entendido até então, levar o objeto pra além da linha que é vista. Ampliar o campo hipermidiático com as criações produzidas que não são vistas socialmente. Buscar cavar no fundo do quintal amazônico o osso que falta para compor o esqueleto do pensamento que nós artistas estamos definindo.

Temos que ver o amanhã com os olhares deixados pelos rastros hipermidiáticos, visualizar a camada que nos cerca, concretizar os sentidos de um novo olhar que surge em cada ponto criativo. Conectar-nos nessa rede rizomática de saberes, juntar os conhecimentos, multiplicar o formato. Temos que nos adaptar ao novo e revolucionar nossas produções, o que vivenciamos durante a descoberta de saberes que surgem do agora.


Seguir esse caminho é o desafio lançado pelos pensamentos da vida artística que respiro. É preciso fazer agora os passos que fazem o mundo girar, aqui a cortina se fecha para montarmos o cenário para a próxima apresentação, o silêncio da coxia agora grita por todo o espaço nesse final de espetáculo. O ciclo se encerra para a montagem de uma nova temporada, a trajetória continua no passar do dia, no nascer do sol que trará novas vidas. Tenho na minha mochila sonhos, vontades de me aventurar e fazer o que me dá prazer. Por mais que eu escape e o momento me sufoque, acharei lugar para respirar e encontrar a liberdade de viver o que realmente sou: artista-professor-pesquisador. Evoé!

>>>Continuar<<<

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