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quarta-feira, 12 de junho de 2019

A imaginação cênica-performatica codificada


Pretende-se apresentar nesse capítulo, o roteiro da cena performática a ser realizada no dia da defesa, como forma de apresentação de uma das partes de realização das minhas criações. Agindo sobre uma ação performática organizada a partir de uma ideia para que se possa elaborar uma criação artística do que vivenciei e experimentei durante os processos. A cena mostrará um ambiente muito particular que procuro desenvolver em meus processos.

Para apresentar, pensei na sala 1 do PPGARTES, como lugar desse registro onde a performance acontecerá. Mostrando o meu cotidiano desde o acordar até o momento da defesa, numa sinestesia da criação e registro da obra. Valendo-se de todas as referências que me atravessaram e me levaram até ali, na conclusão do mestrado.

Roteiro da performance

Sala 1, 17h07. Um pequeno despertador está posicionado sobre a mesa. Pego ele e programo o tempo estimado para a performance. 22 minutos. Nesse instante, aciono um imaginário criativo das palavras. Trazendo na ação o que se foi planejado desdobrando-o em ato criativo o conjunto dos movimentos registrados.

MOVIMENTO 1:  Ao chegar no PPGARTES, dou inicio ao ato performativo da ação. Produzindo o movimento dos pensamento e concretizando o que se foi planejado. O horário de chegada será às 10h da manhã do dia 28/06, para que eu possa me instalar e organizar o espaço.

MOVIMENTO 2: No ambiente, foco de luzes adaptada ao espaço; numa parte da parede uma projeção em fragmentos mostrará o cotidiano e atravessamentos desde o despertar do dia. Um radinho a pilha estará ligado baixinho para apresentar as informações da cidade em tempo real. Na sala, os sons e a projeção se juntarão ao conjunto numa sinestesia da realização performática.

Enquanto a performance acontece, uma cafeteira estará ligada preparando café durante a ação para que o cheiro se espalhe pela sala (pensasse em outra coisa como menta, mato, aromas naturais, outro contato).

MOVIMENTO 3: Luzes coloridas para iluminar a sala. Uma LIVE no Instagram feita pelo celular transmitirá os 22 minutos da performance em vários cantos da sala. Uma câmera fotográfica irá ficar posicionada em um canto registrando o desenho com luz que se formará nesse ambiente.

Nesses 22 minutos, estarei finalizando o mestrado e apresentando em fragmentos, o que foi suscitado nesse percurso da pós-graduação.

MOVIMENTO 4: Edição e ajuste da dissertação final para o blog palavra-corpo. Impressão em A4.

Música rolando no ambiente.

Stlist:





LEITURA DO TEXTO DO REGISTRO DO DIA 20 DE FEVEREIRO DE 2017.

TERMINAR COM A MÚSICA: Prokofiev - Dance of the Knights

MOVIMENTO 5: Postagem e compartilhamento dos movimentos  registrados até o tempo programado no despertador. Finalização dos movimentos.


terça-feira, 11 de junho de 2019

Espetáculo I(mundo) Ubu – Imundas de Teatro


Adaptação do texto ‘‘Ubu rei’’ de Alfred Jerry.
Ubu é um personagem horrendo escrito em 1888, pelo dramaturgo Francês Alfred Jarry, mas que faz conotações contemporâneas da política do Brasil. Ele não tem escrúpulos, é corrupto e monstruoso. É com esta abordagem que o Coletivo Imundas estreia na cena paraense. O espetáculo "I(mundo) Ubu" fica em cartaz de 17 de novembro a 10 de dezembro, sempre de sexta a domingo, às 19h, no Fórum Landi (Praça do Carmo). 
(Gravação para o programa Circuito da TV Cultura PA)
Ubu exerce um poder de líder social, mas de forma brutal e sanguinária. É através de sucessivos episódios em que se mostra um verdadeiro tirano, que sua política se revela catastrófica. Utilizando de sua imoralidade, esse chefe autoritário e sua Mãe Ubu realizam um golpe: um enorme saque nos cofres públicos.
A montagem pretende levar o espectador ao debate político, pois colocam em foco todos esses aspectos vivenciados pelos brasileiros nos últimos anos, como a crise econômica, a corrupção e os escândalos envolvendo os estadistas. É baseado neste cenário, que os atores criaram, das maneiras mais absurdas, as cenas deste contexto.
"O espetáculo surge da necessidade de fazer um teatro político, abordar questões que tocam na vida de cada um, seja individual ou no coletivo. Temas regionais e nacionais são relacionados com a obra de maneira a construir a narrativa desse grupo que se reuniu pra demonstrar sua indignação com a situação bizarra que vivemos na política, o retrocesso que grupos de extrema direita trazem para pautas no congresso", explica o diretor do espetáculo, Marcelo Andrade.

O processo de preparação do elenco foi intenso e contabilizou um ano entre pesquisa e ensaios. Os atores tiveram que se relacionar intimamente com a dramaturgia. "A ideia é que o elenco esteja inserido em todas as funções do processo teatral como figurino, cenografia, iluminação e adaptação do texto. É uma forma de instrumentalizar os integrantes", conta o diretor.
Focando na preparação corporal como fundamental meio para alcançar a presença cênica que se espera na montagem, os atores receberam treinamento psicofísico voltado a técnicas orientais de preparação e um rigoroso trabalho de resistência física para conseguirem dar superar quase duas horas em cena.
"A ideia é que o elenco esteja inserido em todas as funções do processo teatral como figurino, cenografia, iluminação e adaptação do texto. É uma forma de instrumentalizar os integrantes", conta o diretor.
O "Coletivo Imundas" nasceu da união de atores, técnicos e produtores do espetáculo "Animalismo – A Nova Ordem Mundial", que ficou em cartaz pela última vez em setembro de 2016, e foi resultado do projeto de extensão "Jovens Encenadores", através do Grupo de Teatro Universitário, da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Ao final de cinco temporadas, os integrantes resolveram dar continuidade ao processo de construção de espetáculos que trazem na essência o debate político, sempre atrelado à experimentação cênica de vertentes teatrais contemporâneas produzidas regional e nacionalmente. O objetivo é proporcionar o debate sobre o cenário político e social do Brasil.
(Vídeo essencial para eu, enquanto ator, começar a pesquisa)

Adaptação do texto ‘‘Ubu rei’’ de Alfred Jerry:Cia Imundas de Teatro
Direção:
Marcelo Andrade
Assistência de Direção:
Bruno Rangel

°1 ATO - CENA 1
Conjunto de mães Ubu com irrigadores atirando água e elementos de cena que retratem o mundo sexual. (Coleiras, chicotes, vibradores e etc.) Sequência de movimentos que se adaptam dependendo da Mãe Ubu que esteja em evidência.
Finalmente achei um abrigo. 
Atravessar a Polónia em quatro dias de ponta a ponta! 
o palatino Giron.

Atravesso o rio a nado, esperando cansar meus perseguidores. 
sufocada por um círculo

Consigo finalmente refugiar-me aqui.

Ah! Estou morta de cansaço e de frio. 
Roubei dele muita pataca.  
E quem quiser que vá buscar.




(Música final do prólogo, faxina, bagunça e show das Imundas) 



MERDRA!!!!!

(Registro em diário de bordo da criação da primeira cena)

(Imagem referencia para a criação da segunda cena - animals revenge on humans)


(Trailer referente a segunda cena: o jantar)

(Figurinos feitos a partir de lingerie tons nude)
(Logomarca criada pelo arista Aj Takashi)

IMAGENS


(Coletivo Imundas de Teatro)
















(Fotos: Kauê Barp)

"Venham pegar o ouro que pai Ubu tem pra lhes oferecer
Peguem não tenham medo, mas não se esqueçam de fazer por merecer!!" 🎶🎶






(Espetáculo I(MUNDO) UBU completo)

(Cartaz de divulgação do espetáculo feito por Paulo Evander)

CLIPPING
(Portal ORM – 10 de novembro de 2017)





Criticas sobre o espetáculo I(mundo) Ubu



Projeto Reator Eterno – Estúdio Reator


A culminância entre várias linguagens artística desbrava sentidos e mostra um novo olhar da cidade de Belém através de um passeio por lembranças contadas pelas ruas numa projeção de imagens. Essa é a proposta realizada pelo projeto Reator Eterno do Estúdio Reator que pede licença para a rua a partir do dia 28 de setembro, às 19h.

(Me conectando com o espaço Estúdio Reator)

O projeto Reator Eterno, contemplado pelo programa Rumos do Itaú Cultural, procura contar parte das histórias dos Bairros de Fátima e São Brás em uma performance que mistura vídeo, música, teatro, fotografia, sobre parte desse local esquecido,  e agora revivido  por lembranças contadas entre moradores antigos e novos pertencente aos bairros que escondem um segundo centro de Belém. Buscando contar a partir de uma linguagem artística hibrida a memória descoberta por entre quintais e canais esquecidos dos bairros que seguem os dias da cidade.

Nessa busca, o olhar cotidiano entre o urbano e periférico se permeia numa cartografia sinestésica e afetiva por vários trajetos que passam por casas e prédios mostrando um fluxo da passagem de existência revertido em poesia. O trabalho teve seu indutor nas fotografias e histórias de vida da família Lima de Queiroz e seus mais de 100 anos vivendo no número 1053 da travessa 14 de abril. Os artistas participantes do projeto começaram construindo um mapeamento dos bairros a partir das histórias vizinhas e criando uma “cartografia poética sinestésica.” Nessa cartografia, o roteiro dos passeios pelas ruas foram construídos, e agora pedem licença e convidam o publico a entrar numa performance que se acolhe em dois bairros disfarçados de detalhes que complementam cada travessa, mudam o ambiente e fazem as casas irem esquecendo/lembrando a composição do lugar junto aos quintais invisíveis que existe atrás de cada uma.
No passeio, os performers buscam descobrir o sentido pertencente a esse chão de terra batida de asfalto, que se configura por imagens que projetam um movimento inverso do tempo, interferindo no comportamento da cidade que modifica o cotidiano num passeio de lembranças permeadas por imagens do século passado que influenciam na cultura presente. Nesse movimento de linguagens a transformação visual carregada de lembranças, apresenta a cidade composta em dois tempos que se modificam durante a apresentação.
Os movimentos entram numa sintonia entre vídeo e sons frenéticos que colocam o publico diante de uma imagem reproduzida em luzes conectadas num jogo com o movimento da rua, o som do transito, a fumaça espalhada no ar e os pedestres que alteram a percepção da realidade.

Instalação no Estúdio Reator
Diante das lembranças e da pesquisa pelos bairros, o publico também poderá conferir as histórias e o trabalho através da “Instalação das Lembranças” que ficará em exposição durante o período das apresentações no espaço do Estúdio Reator das 14h às 19h. A memória da instalação foi construída a partir de histórias da família Lima de Queiroz que procura mostrar um pouco da mudança da travessa 14 de abril entre imagens, vídeos e sons que reproduzem o movimento urbano, contado também por moradores e trabalhadores locais,que observam todo o fluxo entre seus afazeres, diante da transformação dos bairros,entrando numa convergência de luz e imagens que modificam o antigo, e ressalta o novo e a visão contemporânea de Belém.
A instalação também traz trabalhos realizados pelo Estúdio Reator que há 6 anos experimenta e desenvolve hibridismos nas linguagens audiovisual, teatro, dança, música, fotografia e vídeo envolvendo tudo com a performance,que mostram novas possibilidades de um fazer artístico. Levando o público a conhecer e perceber na memória desse espaço, a vida imitando a arte.