"Vagarei pela inexistência da
cidade,
por sobre os telhados,
sobre a vida que transpira na pele
da idade
dos meus 20 anos
de poeta,
de aprendiz
de arquiteto,
menino de sonho
e ossos no universo de um quintal do Norte.
[...] Outro universo, diverso,
os quintais da cidade
de cercas paredes e muros: geografia escolar.
[...] Todos, contudo, quintais do
homem.
Pois, o mundo é grande,
o quintal é grande."
(Os Quintais, Arquitetura dos Ossos, Age de Carvalho, 1990)
Submeter
todo o conhecimento adquirido nesses anos de formação e construir um caminho a
seguir para novas produções futuras. Guardar toda a experiência vivida no
coração para que no dia de amanhã renasça uma esperança de uma ideia de
saberes. Ser conduzido pelas produções e pesquisas elaboradas na minha
trajetória de artista-professor-pesquisador na universidade e percorrer por
entre os pensamentos existentes na cidade, na Amazônia e nos lugares onde o vislumbramento
da poesia me tocar.
Basear-me
nos sentidos, na cartografia permanente do meu ser. Levar através dos métodos
adquiridos a importância do teatro. Trilhar, mapear e vir a ser os pensamentos
que me transbordarem. Deixar a prática narrativa e seguir o percurso da criação
artística onde eu estiver presente, amarrar novas ideias e sustenta-las no blog
como fonte de referencias para a conexão com novas linguagens de consentimento
artístico e social.
Transfigurarei-me
em novas imagens para me adaptar ao cotidiano, ao mercado sistemático de
produção. Irei buscar novas fontes para tentar entender como funciona o
mecanismo; conectar-me-ei com os grupos, artistas, instituições, escolas,
comunidades e pessoas que transpiram um novo movimento da atual conjuntura
social. Ser um raciocínio que dialogue com outras produções e contribuir com o jogo
que a vida lá fora pede.
As ideias
de um futuro melhor chegam a mim nessa conclusão de um ciclo acadêmico, quero
ter forças para concretizara-las. Tenho motivações de continuar os rastros da
pesquisa no avanço acadêmico, numa pós-graduação, mestrado, doutorado e o que a
educação teatral me servir como fonte de sobrevivência nesse planeta. Agora
estou conectado em rede, em uma plataforma que sustenta as minhas criações,
obras teatrais, a minha vida artística presente que servirá como referencias
para gerações futuras a mim:
A prática narrativa sobre processos
de criação é híbrida na sua formatação: histórias de vida, memórias, diários de
trabalho ou de bordo, autobiografias e, contemporaneamente, sites, blogs e
biomídias. Mas é, hipoteticamente única, em seus princípios: vencer a natureza
efêmera da cena, compreendendo-a em seu processo de criação, como um legado
artístico para as futuras gerações de criadores - Wlad Lima. Postagem: A nascente da rede teatro d@floresta (Blog Teatro da Floresta 23/06/2009).
Com essa
grande referencia, se não rastro deixado por Wlad Lima, é que busquei firmar-me
como pesquisador e aplicar no meu trabalho de conclusão de curso os fundamentos
e a importância de se criar registros e sustenta-las em um blog. Wlad esteve
presente no meu ingresso no curso, foi com ela que tive a primeira aula em que
foi me apresentado à proposta de criação de um blog para se ter como ponto de
apoio e registrar o processo vivenciado durante a formação. Recebia dela
concelhos, puxões de orelha e um olhar que já me transmitia a ação do jogo da
cena teatral. Parto de sua grande referencia de pesquisadora em teatro para dá
continuidade nesse saber-fazer amazônico, nessa floresta de encantamento em que
o meu coração grita a existência de um ser que respira essa fonte.
O material
produzido está publicado em rede, sãos pistas[1] que dão
norte a pesquisa, multiplica sentidos futuros, traz a tona a construção do ser,
busca informações que a complementam no progresso da produção. Encaixa o
pensamento na formação de conteúdos, no progresso de um profissional em teatro.
Faz o raciocínio se manter em conexão com a experiência vivida, procura
analisar os fatos que vem a acontecer cotidianamente na elaboração de novos trabalhos
artístico.
Um quintal
para o futuro é atravessar e se desafiar. Buscar ultrapassar com um objetivo.
Fazer o traço e partir em caminhos. Se dividir, multiplicar, fechar. Achar o
caminho que te traga pra dentro da terra. Se manter no ponto de apoio da
pesquisa, no saber-fazer teatral da minha região, falar sobre o teatro que tá
acontecendo atualmente aqui. Desbravar o universo de um quintal do Norte.
Mostrar uma rede de comunicação com artistas da cidade, uma mobilização
artística que dialoga sobre o saber-fazer teatral contemporâneo. Expressar na mídia
a ludicidade das histórias de vidas, de sentimentos coletivos e deixar
registrado como história da produção humana espetacular.
>>>Continuar lendo<<<
[1]
As pistas que guiam o cartógrafos são como
referencias que ocorrem para a manutenção de uma atitude de abertura ao que vai
se produzindo e de calibragem do caminhar no próprio percurso da pesquisa – o hódos-metá da pesquisa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário