A
integração de diferentes linguagens artísticas busca uma significação única; nascem
informações em cada ponto que nos levam a novos processos de aprendizagem.
Vivenciamos acontecimentos da geografia a qual estamos inseridos, somos
homens-uno de uma totalidade, composição de conhecimentos que crescem com novas
coordenadas. Construímos registro da essência que invade nossos poros,
transpiramos com o ar que nos cerca. Somos levados pela web e deixamos rastros
de nossa concepção de individuo.
A
cartografia artística digital implica processos de um acontecimento que vai
registrando uma tomada de ideias para o conjunto de pensamentos que se
transfiguram com a cena local. É com essa cartografia que temos que nos
emocionar. Tudo vai passar, acabar, mas o registro ficará. O blog vem como um
apoio para esse pensamento que emerge do saber-fazer, ele implode formatos, nos
livra dos automatismos culturais e acadêmicos, se torna um órgão, um corpo
virtual em rede jogada no espaço.
Nesse
sentido, posso dizer que as ideias que me passam são as de atravessar nessa
nascente hipermidiática e compartilhar os vários meios de informações que
estiver me chegando numa reciprocidade. Ser o meio no conjunto e desbravar os
conhecimentos criados por diferentes artistas. O blog me dá esse suporte,
quebra a forma da escrita lógica, dá um novo sentido e avalia o desempenho da
pesquisa. Nele procuro adaptar a cena efêmera que surge em processos criativos,
buscando um novo olhar para a produção contemporânea.
O debate e
questionamento que busco alcançar se dá em novas formas de contribuição
artística. O campo hipermidiático é uma função para a produção profissional que
muda de acordo com o que está sendo criado. Coloca o blog como um instrumento
transgressor que contribui na criação da obra, nos dá a resposta que procuramos
dando continuidade à linha de pesquisa. Avança no conhecimento mantendo as
raízes do que se estar fazendo.
Nesse
sentido observo que é preciso quebrar com a forma que nos é colocada
sistematicamente. É preciso encontrar um meio que nos leva ao objetivo que se
está construindo, problematizando a forma permanente das coisas. Mudar
radicalmente todos os sentidos entendido até então, levar o objeto pra além da
linha que é vista. Ampliar o campo hipermidiático com as criações produzidas
que não são vistas socialmente. Buscar cavar no fundo do quintal amazônico o
osso que falta para compor o esqueleto do pensamento que nós artistas estamos
definindo.
Temos que
ver o amanhã com os olhares deixados pelos rastros hipermidiáticos, visualizar
a camada que nos cerca, concretizar os sentidos de um novo olhar que surge em
cada ponto criativo. Conectar-nos nessa rede rizomática de saberes, juntar os
conhecimentos, multiplicar o formato. Temos que nos adaptar ao novo e
revolucionar nossas produções, o que vivenciamos durante a descoberta de
saberes que surgem do agora.
Seguir
esse caminho é o desafio lançado pelos pensamentos da vida artística que
respiro. É preciso fazer agora os passos que fazem o mundo girar, aqui a
cortina se fecha para montarmos o cenário para a próxima apresentação, o silêncio
da coxia agora grita por todo o espaço nesse final de espetáculo. O ciclo se
encerra para a montagem de uma nova temporada, a trajetória continua no passar
do dia, no nascer do sol que trará novas vidas. Tenho na minha mochila sonhos,
vontades de me aventurar e fazer o que me dá prazer. Por mais que eu escape e o
momento me sufoque, acharei lugar para respirar e encontrar a liberdade de
viver o que realmente sou: artista-professor-pesquisador. Evoé!
>>>Continuar<<<
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