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terça-feira, 11 de junho de 2019

Projeto Reator Eterno – Estúdio Reator


A culminância entre várias linguagens artística desbrava sentidos e mostra um novo olhar da cidade de Belém através de um passeio por lembranças contadas pelas ruas numa projeção de imagens. Essa é a proposta realizada pelo projeto Reator Eterno do Estúdio Reator que pede licença para a rua a partir do dia 28 de setembro, às 19h.

(Me conectando com o espaço Estúdio Reator)

O projeto Reator Eterno, contemplado pelo programa Rumos do Itaú Cultural, procura contar parte das histórias dos Bairros de Fátima e São Brás em uma performance que mistura vídeo, música, teatro, fotografia, sobre parte desse local esquecido,  e agora revivido  por lembranças contadas entre moradores antigos e novos pertencente aos bairros que escondem um segundo centro de Belém. Buscando contar a partir de uma linguagem artística hibrida a memória descoberta por entre quintais e canais esquecidos dos bairros que seguem os dias da cidade.

Nessa busca, o olhar cotidiano entre o urbano e periférico se permeia numa cartografia sinestésica e afetiva por vários trajetos que passam por casas e prédios mostrando um fluxo da passagem de existência revertido em poesia. O trabalho teve seu indutor nas fotografias e histórias de vida da família Lima de Queiroz e seus mais de 100 anos vivendo no número 1053 da travessa 14 de abril. Os artistas participantes do projeto começaram construindo um mapeamento dos bairros a partir das histórias vizinhas e criando uma “cartografia poética sinestésica.” Nessa cartografia, o roteiro dos passeios pelas ruas foram construídos, e agora pedem licença e convidam o publico a entrar numa performance que se acolhe em dois bairros disfarçados de detalhes que complementam cada travessa, mudam o ambiente e fazem as casas irem esquecendo/lembrando a composição do lugar junto aos quintais invisíveis que existe atrás de cada uma.
No passeio, os performers buscam descobrir o sentido pertencente a esse chão de terra batida de asfalto, que se configura por imagens que projetam um movimento inverso do tempo, interferindo no comportamento da cidade que modifica o cotidiano num passeio de lembranças permeadas por imagens do século passado que influenciam na cultura presente. Nesse movimento de linguagens a transformação visual carregada de lembranças, apresenta a cidade composta em dois tempos que se modificam durante a apresentação.
Os movimentos entram numa sintonia entre vídeo e sons frenéticos que colocam o publico diante de uma imagem reproduzida em luzes conectadas num jogo com o movimento da rua, o som do transito, a fumaça espalhada no ar e os pedestres que alteram a percepção da realidade.

Instalação no Estúdio Reator
Diante das lembranças e da pesquisa pelos bairros, o publico também poderá conferir as histórias e o trabalho através da “Instalação das Lembranças” que ficará em exposição durante o período das apresentações no espaço do Estúdio Reator das 14h às 19h. A memória da instalação foi construída a partir de histórias da família Lima de Queiroz que procura mostrar um pouco da mudança da travessa 14 de abril entre imagens, vídeos e sons que reproduzem o movimento urbano, contado também por moradores e trabalhadores locais,que observam todo o fluxo entre seus afazeres, diante da transformação dos bairros,entrando numa convergência de luz e imagens que modificam o antigo, e ressalta o novo e a visão contemporânea de Belém.
A instalação também traz trabalhos realizados pelo Estúdio Reator que há 6 anos experimenta e desenvolve hibridismos nas linguagens audiovisual, teatro, dança, música, fotografia e vídeo envolvendo tudo com a performance,que mostram novas possibilidades de um fazer artístico. Levando o público a conhecer e perceber na memória desse espaço, a vida imitando a arte.

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