Apresentação da Cena
Sempre imaginei um lugar diferente da minha própria realidade. Talvez minha expectativa em alcançar esse lugar deva ter ultrapassado meus pensamentos, como uma vontade que nós dá de contar as nossas ideias. Criei essa cena como algo parecido com a minha imaginação que relembrou um passado dentro desse quarto, misturando um personagem da Mata Virgem: Macunaíma. Ele é que é o meu meu herói na verdade. Contei com grande publico que faz parte dessa história, e em meio a tudo isso, entendi o objetivo da disciplina.
Tinha aquele lugar que chamávamos de a sala. Era um espaço que recebia todos da turma com um certo abraço que nos proporcionava um bem a vontade para compartilharmos ideias uns com os outros. Sempre fico surpreso quando os pesamentos rolam a solta pelo espaço, são pensamentos instigantes, secos, alegres, monótonos, provocadores, humanos. São pensamentos com pequenos fragmentos que nos ver o "eu" por dentro e vislumbra nossas próprias imaginações. E dentro desse comodo chamado sala, sempre nos superamos enquanto companheiros de turma. Ali estamos propostos a tudo, do riso ao choro. São verdades emocionantes e outras com um pouco de dramatização que até acreditamos.
Hoje foi assim, o espaço do local da cena. Mas antes assistimos as apresentações da Gabriela Mendonça e da Raimunda Moraes que foi um grande indutor para a conversa da turma. Contribuições que deram um gás na turma para construir o trabalho, fiquei na expectativa de como seria a reação do meu publico, espero pra ver. Devemos usar tudo que tem no espaço. Nos enquanto alunos, estávamos num lugar perigoso. O homem e a mulher de teatro tem um deus - Dionísio: o espírito da pulsação. Nós de teatro devemos trabalhar a educação teatral da pessoa.
Toda a discussão que tivemos em sala sobre o local de cena, me fez lembrar de um lugar teatral que irei levar pro resto da vida, um lugar que é muito especial para mim: A Casa da Atriz, um lugar de teatro em que acontece várias cenas pelo espaço da casa. Lá, o trabalho de teatro faz com que o publico esteja dentro da cena, como se contracenasse com os atores.
Aula do dia 20/10 - Vídeo do Local da Cena
Uma apresentação do local onde será realizada a cena da disciplina Trajetória do Ser. Fiquei impressionado com a fala da Andreza Pinto logo no final da aula, onde ela colocou todo o seu sentimento a partir das mostra dos locais de cena. O vídeo foi um indutor para que chegasse nela o que todos haviam sentido também.
Perceber como a turma vem construindo um pouco do seu imaginário particular junto com as referencias que a Profª Wlad coloca em sala de aula. Isso acabou refletindo muito nesse vídeo que reproduzir, ele contar um pouco do que sou, e nesse espaço o teatro vive intensamente. Me sinto a vontade em compartilhar o que estou construindo artisticamente.
Aula do dia 01/10 - Seminário
Tim Burton. A particularidade como Marcus me apresentou Tim Burton me fez ver a estranheza um ser que alimenta disso para sua arte. Tim Burton necessita se desqualifica no meio do padrão, isso lhe torno um dos maiores diretores de cinema.
Dolores Mary Burton
Aline falou pouco de uma pessoa tão rica em “sentimentos” que vida nos proporciona, mas deixou dois vídeos para que através deles eu pudesse ver e sentir a melodia da música, a forças das letras e o som frenético da guitarra. Dolores expressou todas as suas dores no seu talento. É o suficiente pra mim.
A coincidência do nome “Burton” nos artistas apresentados.
Logo após o seminário a turma abriu para uma discussão do trabalho, onde pontos como princípios poéticos do trabalho levou a gente a refletir no nosso trabalho como profissionais de trabalho. Tenho minha arte para vender, o teatro é minha fonte de vida. Tenho um espetáculo em minhas mãos, só falta organizar para fazer.
Aula do dia 24/09 - Recomeço
FIM DA GREVE!!
As aulas recomeçam trazendo novas ideias, trabalhos difíceis, novidades. Muita coisa mudou em apenas 4 meses. Muita coisa mesmo. O engraçado é que foi apenas pouco tempo para fazer com que pessoas mudassem, sentimentos fossem sumidos e vontades se acumulassem. O trabalho é o mesmo, mas tenho que conseguir resgatar o que vinha sentido antes de apertar o “PAUSE”.
A turma abriu para conversa e retomamos as discussões das nossas atividades. A Profª Wlad entregou um questionário para que relembrássemos nosso trabalho, onde colocaríamos o que havíamos construído. Ótima proposta, pude relembrar as atividades que tinha esquecido em quanto ia respondendo.
Um bom recomeço, agora é trabalhar para se ter um bom resultado.
Aula do dia 21/05 - Apresentação dos Seminários
Os professores das universidades federais entraram em greva. Na ETDUFPA, mesmo com a greve a Profª Wlad deu continuidade nos seminários para adiantar as atividades de seu plano de aula, além de todos da turma entrarem no acordo de fazerem jogos para tornar a dinâmica a paralisação dos Docentes.
Erika Mindelo e Kahwana Pantoja
Trajetória de Cazuza
Rafaele Siqueira e Marcilene Gonçalves
Trajetória de Chico Xavier
Regiane Grinalda e Leonardo Moraes
Trajetória de Clarice Lispector
Fotos: Elise Vasconcelos
Aula do dia 14/05 - As 30 Imagens
Construindo as 30 imagens com o lençol.
Aula do dia 30/04 - Apresentação do nascimento
Boa noite:
Bernard da Trindade Bahia Freire, é o segundo Filho de Pedro Paulo Bernardes Freire e Ivonete Bahia Freire.
Nasceu no dia 15 de outubro de 1987, em Belém do Pará na maternidade das Acacias.
Para muitos nessa manhã o dia parecia ser normal como qualquer outro, mas para dona Ivonete aquele dia era especial. Enquanto o sol nascia e o movimento era pouco na cidade, Dona Ivonete esperava o momento de dá mais felicidade a família e ter nos braços alguém em especial que carregou durante meses. Isso iria lhe trazer conforto e alegria, Pois sabia que era uma vitoriosa por dar luz a uma criança novamente.
Nessa manhã, Pedro Paulo não podia acompanhar esse momento com sua esposa, pois tinha que trabalhar. Começava daí o distanciamento de pai e filho, mas esse distanciamento não permitia que nenhum dos dois deixasse de ter o outro, pois Pedro Paulo estava em pensamento. Só deveria está mais presente. Pediu para sua irmã acompanhar sua esposa no parto:
- Silvana, não poderei ir ao nascimento de meu filho. Vá em meu lugar.
Silvana Bernardes Freire acompanhou dona Ivonete assim que o dia amanheceu. Pegaram o ônibus com destino ao hospital.
TIC, TIC, TIC, TIC, TIC. Plem plem....
A cirurgia estava marcada para as 11h, e desdás 8h Dona Ivonete já encontrava no hospital. Esperou mais um tempo.
Dada às 11h, dona Ivonete entra em sala de cirurgia, é vestida e deitada na maca enquanto tia Silvana assistir.
- A criança nasceu de cessaria, toda coberta por uma pele. Nasceu protegida para o que viesse atingi-la.
O incrível disso tudo é que tudo o que fez parte do nascimento: o tempo, a paciência, o distancia entre pai e filho, ainda estar presente.
Bernard Freire: sabe dar tempo ao tempo, pois é paciente. E o seu pai sempre está com ele: porque estar perto não é físico.
Aula do dia 23/04 - apresentação dos semináriose um pouco do passado
As palavras soltas
“Hoje juntei os 12 Estágios da Jornada do Herói com a poesia do Manoel de Barros. Naquele momento parecia o um único caminho metodológico para se construir uma história”.
“ Fabrício e Fernanda fizeram a apresentação do seminário falando de Joseph Campbell e Oscar Niemeyer”.
“Para Fabricio, o mito são potencialidade espiritual do ser humano. São sonho públicos.
“Raimunda e Gabriela juntaram o fascínio da criatividade, a beleza da natureza, a simplicidade das palavras e o sentido de uma infância na trajetória do poeta Manoel de Barros”.
BÔNUS
Para relembrar o que eu conhecia, mas que havia esquecido. Essas poesias são lindas demais e eu sou fraco para coisas simples que a vida me oferece por leseira.
CLICK AQUI E DESCUBRA A SUA IMAGINAÇÃO
Aula do dia 16/04 - O Sentimento do Outro
Marcelo nos apresentou sua familia. Pude entrar no intimo e observar um pouco de sua vida pessoal. Foi uma ótima proposta em que a Profª Wlad colocou na turma, levando cada um a uma reflexão. Marcelo me escolheu para representar o seu Tio, meu estado era a de ficar ali parado, estava confortável ali e não sentir nenhuma vontade de mudar de posição. Ao final, Marcelo Falou que todas as pessoas que ale havia escolhido representaram identicamente a função de cada membro de sua família. Foi surpreendente esse trabalho.
As imagens do trabalho:
Aula do dia 09/04 - apresentação dos seminários e o jogo
Um pouco dos trabalhos dos companheiros de turma para deixar que meus pensamentos (carregados de transtorno) escapassem para uma poética. Nesse dia fui levado a vida e obra do escritor Manuel Bandeira, que foi a presentado pela dupla Elise Vasconcelos e Brenda Reis ; e pelos textos do escritor paraense Ramon Stergmann, apresentado pela Andreza Pinto e pela beleza da música da cantora Islandesa Bjork, que de fato me deixou tranquilo e com seus arranjos musicais; parabéns Allan Jones pela apresentação.
Testamento
Manuel Bandeira
O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros — perdi-os...
Tive amores — esqueci-os.
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.
Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.
Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.
Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.
Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
Não faço versos de guerra.
Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida
Darei de bom grado a vida
Na luta em que não lutei!
(29 de janeiro de 1943)
Virus - Björk
Outro momento da aula, a professora Wlad propôs um jogo que iria servi para aqueles que estavam passando por problemas com família. Um modo de conhecer verdadeiramente as pessoas com a qual você convive. Rapidamente o Marcelo levantou o braço e se dispôs a participar do jogo. Era o momento que ele iria se encontrar de fato com sua historia do cotidiano e sentir suas emoções através do que iria se passar naquela sala de aula. Marcelo escolheu alguns amigos da sala para representar sua família e a parti daí nós (os escolhidos: eu, Caled, Leonardo, Lacerda, Melkzedec, Isadora, Laura, Erika, Gabriela e Raimunda) iriamos conduzir os sentimentos que o Marcelo tem com sua família. O incrível do jogo, é que tudo que se passou entre os jagores: os sentimentos, as vontades, o choro, a solidão, o abraço e a distancia, tudo estavam relacionado com o que passa na convivência de Marcelo Com sua Família.
O bom e estranho ao mesmo tempo, foi que senti um pouco do outro. A felicidade, a dor e a história de outra vida.
Aula do dia 02/04 - apresentação do seminário
Aula do dia 02/04 - apresentação do seminário
Apresento a minha história da trajetória do ser Caio Fernando Abreu, um dos escritores que mais gosto e que tenho como influência na literatura. Sua escrita sempre me salvava quando me encontrava triste em alguns momentos. Por isso, escolhi e apresentei para minha companheira de trabalho Glaucia para ver se ela se identificava com os textos. A partir disso, entramos no acordo de apresentar e compartilhar um pouco da vida desse ser. Desse homem das palavras que silenciava a todos com sua dor e com sua inteligencia.
Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".
Os dragões não conhecem o paraíso
“Assim, agora, estou aqui. Ponta fina de agulha equilibrada entre os dedos da mão direita, pairando sobre a palma aberta da mão esquerda. Algumas anotações em volta, tomadas há muito tempo, o guardanapo de papel do bar, com aquelas palavras sábias que não parecem minhas e aquelas outras, manchadas, que não consigo ou não quero ou finjo não poder decifrar.
Ainda não comecei.
Queria tanto saber dizer Era uma vez. Ainda não consigo. Mas preciso começar de alguma forma. E esta, enfim, sem começar propriamente, assim confuso, disperso, monocórdio, me parece um jeito tão bom ou mau quanto qualquer outro de começar uma história. Principalmente se for uma história de dragões”.
Os dragões não conhecem o paraíso
“Assim, agora, estou aqui. Ponta fina de agulha equilibrada entre os dedos da mão direita, pairando sobre a palma aberta da mão esquerda. Algumas anotações em volta, tomadas há muito tempo, o guardanapo de papel do bar, com aquelas palavras sábias que não parecem minhas e aquelas outras, manchadas, que não consigo ou não quero ou finjo não poder decifrar.
Ainda não comecei.
Queria tanto saber dizer Era uma vez. Ainda não consigo. Mas preciso começar de alguma forma. E esta, enfim, sem começar propriamente, assim confuso, disperso, monocórdio, me parece um jeito tão bom ou mau quanto qualquer outro de começar uma história. Principalmente se for uma história de dragões”.
Teatro Íntimo - Os Dragões
Teatro Íntimo - Os Dragões 2
Teatro Íntimo - Os Dragões 3
Aula do dia 26/03 - apresentação do seminário
A primeira apresentação dos seminários e pude perceber a riqueza dos textos escolhidos pelas duplas. Através das palavras e da forma como eles as narravam, pude relembrar um pouco da tristeza pela qual alguém já passou em sua vida. A dor de uma paixão, de uma perda, dor pessoal; inúmeros sentimentos tristes que levam o outro a se deparar com a dor do próximo. Textos bem tristes que buscam no ser um sentimento esquecido e que é acionado ao se depararem com historias e suas lembranças. Fiquei bem atento à fala do Caled Garcês, um companheiro ao qual tenho me aproximado bastante. Enquanto ele falava de suas perdas e do medo que deixou de perde, fui sendo puxando e ao mesmo tempo ria do sofrimento; pois sendo triste ao contar.
Hoje o lençol de ser tornou mil e uma coisas para explorar a minha imaginação. Um pedaço de pano que muitas fezes vir como um objeto desinteressante, e que agora, passou a ser minha vida. Tenho que compartilhar tudo o que já passei e sentir. Ao tocar ele, ainda via um simples tecido, mas esqueci dessa ideia racional e passei a ter a ficcional. Todos passaram a ter essa ideia. Era bem divertido o que cada um colocava. Imaginações a penca desabavam no circulo. O lençol é o que tenho para me confortar.
Aula do dia 19/03 - Apresentação da história da família
Hoje tinha por instinto um sentimento nostálgico. Estava relembrando o meu passado; a construção de minha personalidade e todas as minhas referencias familiar. Tudo isso senti ali, em meio à sala de aula enquanto assistia a fala e me emocionava com as historias dos outros. Eles colocavam seus sentimentos e se alongavam ao falar de suas famílias. Eram historias que seguiam uma linha de tempo em que personagens eram arrancados aos poucos de suas lembranças. Achei lindos alguns chorarem ali por um motivo ao qual forçavam seus sentimentos verdadeiros. Historias pela qual passamos e que do nada vem sem pedir licença.
Estiquei meu lençol e compartilhei um pouco da historia de minha família com os outros. Partir de meus avós e narrei em um tom alegre para eles se divertirem da mesma forma como me divirto. Não quis colocar a tristeza; não sei qual o foi motivo de não compartilhar esse sentimento que todos passam. A gente não é feliz, só esquecemos que somos tristes de vez em quando.
Primeiro dia de aula 12/03
Primeiro contato que tive com a turma de 2012 de Teatro. A turma que fechou um circulo na ETDUFPA. Estava começando tudo novamente, com pessoas novas, pensamentos diferentes, vontades diferentes. Tudo que estava se passando ali iria se alongar por quatro anos ou até mais. Já tinha um tempo na escola, mais isso não me favorecia de nada, pois de uma forma ou de outra era novo também. E por ser novo e ter um tempo na escola, não sei se me dei ou se me deram a obrigação de recepcionar o pessoal que estavam tendo o seu primeiro contato com esse universo teatral, pois ali era o ponto de partida. Era divertida a forma como as pessoas iam se soltando aos poucos, mostrando um pouco de suas personalidades. A apresentação da Profª Wlad, a conversa que tive com a Glaucia sobre famílias, sonhos e o porque do teatro.
A arvore genealógica da minha família.